sábado, 7 de abril de 2018

A vida não tem manual...


Sabe qual é o grande mistério da vida? É que só se aprende a viver, vivendo. E cada vida é única! Seria muito fácil se os erros da vida dos outros e os aprendizados pudessem transferidos de pessoa em pessoa. Acontece que errar faz parte da vida, só não erra quem nada faz.

O grande problema de errar, é ver nos erros um fracasso de onde nenhuma lição se pode tirar. São os erros que cometemos que faz de cada um de nós pessoas singulares, únicas. Muitas vezes nos apegamos tanto aos erros, que passamos a vida tentando corrigi-los sem nunca parar para pensar o que podemos aprender com os erros e como acertar da próxima vez.

O tempo não para. A vida não volta atrás. E vamos continuar errando. Só não podemos nos dar o luxo de cometer sempre os mesmo erros. Há muitas maneiras diferentes de errar, e cada uma nos traz uma lição. A vida não vem com manual, e se pudéssemos escrever um manual no fim da vida, não serviria para ninguém além de nós mesmos. Todos somos diferentes.

Não se condene pelos maus passos que deu no passado. Mas olhe para trás, veja onde está pisando e escolha muito bem o seu caminho no futuro.


Autor Desconhecido





Foto - Parque Itatiaia

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Sorri...




Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz.

Djavan

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Tristeza é...

Tristeza é quando chove
quando está calor demais
quando o corpo dói
e os olhos pesam
tristeza é quando se dorme pouco
quando a voz sai fraca
quando as palavras cessam
e o corpo desobedece
tristeza é quando não se acha graça
quando não se sente fome
quando qualquer bobagem
nos faz chorar
tristeza é quando parece
que não vai acabar

Martha Medeiros




Foto - Paraty

quarta-feira, 4 de abril de 2018

A arte de ser feliz...

Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


Cecília Meireles





Foto - Estrada Resende - Arapeí